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No Uruguai, sete de cada 10 empresas de tecnologia contrataram estrangeiros

2/12/19

A maioria são cidadãos cubanos, seguidos por venezuelanos e argentinos.
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Cubanos, venezuelanos e argentinos. Essas são as principais nacionalidades estrangeiras que se juntaram a sete das 10 empresas do setor de tecnologias da informação e comunicação (TIC) em 2018, de acordo com o último relatório Trends in Human Resources ICTs 2019, da consultoria de recursos humanos Búsquedas IT.

O relatório deste ano reuniu a opinião de 413 pessoas de cerca de 78 empresas do setor, a maioria empresas de software (55%) e principalmente profissionais com um diploma universitário entre 32 e 40 anos de idade.

O fenômeno da chegada de pessoal estrangeiro ocorre em um setor que já representa 2,5% do PIB e cujo crescimento é limitado pela falta de talentos qualificados. De acordo com a última pesquisa CUTI 2018, as empresas membros da câmara empregaram 12.919 pessoas no ano.

Além disso, dos que contrataram, oito em cada dez disseram que tiveram uma experiência positiva com essas pessoas.

Embora 70% das empresas pesquisadas tenham reconhecido que contrataram estrangeiros, apenas 40% disseram que "proativamente" procuraram pessoal fora do Uruguai. Além disso, do total, apenas 10% disseram ter uma política de realocação para apoiar a gestão deste tipo de perfis.

Jogo de sedução

Uma das características que marca este setor é precisamente sua alta demanda de mão-de-obra que impulsiona uma forte rotação e luta das empresas para reter talentos. Neste sentido, o relatório revelou que a intenção dos trabalhadores de mudar de emprego aumentou. De acordo com o estudo, enquanto em 2018 80% disseram estar dispostos a "considerar" uma proposta de trabalho de outra empresa, este ano 90% dos trabalhadores estavam abertos para recebê-la. Quando perguntados sobre o que levaria os trabalhadores a aceitar a mudança de empresa, a maioria (38%) disse que o faria principalmente motivados por um aumento salarial, seguido por perspectivas de carreira (17%).

Essa revelação choca com as respostas que as empresas dão a essa situação, pois o número daqueles dispostos a fazer contra-ofertas para reter talentos diminuiu em comparação a 2018, caindo de 62% para 48% este ano.

Mas apesar do fato de que o salário é o que eles mais levam em conta quando consideram uma mudança de empresa, isto não coincide com o que é mais valorizado pelos trabalhadores para ficar. Neste ponto, pesam "expectativas de crescimento", com mais de 60% das respostas, seguidas de "cultura e clima" e somente em terceiro lugar aparece "salário".

Finalmente, os trabalhadores destacaram o "horário flexível" como o melhor benefício oferecido pelas empresas do setor de TIC, seguido pela "possibilidade de treinamento". Estas respostas contrastam em parte com a realidade, pois de acordo com o estudo, muito poucas empresas relataram ter um plano de carreira formal. Neste aspecto, os benefícios mais oferecidos são "horário flexível", "escritório em casa" e "vida saudável".

Fonte: El País

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