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Jovens para programar: uma porta de entrada para o setor de TIC

5/02/18

Jóvenes a Programar é o nome da iniciativa lançada no ano passado pelo Plan Ceibal, em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, Inefop e CUTI, para treinar desenvolvedores e testadores de software.
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Em sua primeira edição, a proposta incluía 1.000 jovens com educação básica em 11 departamentos. Os resultados foram encorajadores: 700 deles completaram o primeiro módulo. Durante este ano, esta geração de estudantes será treinada nas habilidades necessárias para entrar e permanecer ativa no mercado de trabalho. "Dois dos objetivos deste programa são a colocação profissional e a reintegração dos jovens no sistema de educação formal", disse a engenheira Carinna Bálsamo, diretora deste programa, que anunciou que as inscrições estão abertas para a geração de 2018.

 

Carinna Bálsamo, diretora da Jóvenes a Programar, Plano Ceibal

"Jóvenes a Programar é um exemplo das coisas boas que o país pode fazer". É uma conquista muito importante, devido à forma como os setores público e privado podem trabalhar, e posiciona o Uruguai como um país inovador e avançado. É um exemplo do que pode ser feito em muitos setores. Você precisa da vontade e do desejo de trabalhar em equipes multidisciplinares, na diversidade, na adaptação ao trabalho em conjunto". "Os jovens geralmente pensam que é preciso ser engenheiro ou analista para programar, e isto não é assim, como pretendemos demonstrar com este projeto. É suficiente ter algum conhecimento geral para programar de forma básica. Tentamos dizer-lhes que a programação é acessível e que, depois, cabe aos estudantes chegar onde eles querem ir".

 

Quando se trata de analisar os resultados alcançados até agora, Bálsamo está "muito feliz, porque mostramos que é possível formar jovens que concluíram o terceiro ano do ensino médio ou da UTU em disciplinas de programação". "Isto é treinamento em uma profissão, que é uma entrada no setor de tecnologia, que abre portas para pessoas que não teriam tido a chance de entrar se não fosse por este programa".

 

Para Bálsamo, o treinamento nesse nível "é importante, porque esta indústria tem zero desemprego". Hoje, as empresas dizem não ao desenvolvimento de outros projetos porque não têm pessoal suficiente. "O setor de tecnologia, uma vez que uma pessoa chega, investe em treinamento", disse ele.

 

Jóvenes a Programar prioriza o treinamento em "testes básicos de software" e "em habilidades transversais que servirão aos jovens ao longo de suas vidas", "tais como trabalho em equipe, resolução de conflitos, autoconhecimento e preparação para uma entrevista de trabalho". Além disso, os meninos recebem treinamento básico em inglês "para que possam responder e-mails, mesmo que tenham erros gramaticais".

 

Uma das razões por trás do desenvolvimento deste programa foi para "desmistificar o que é a indústria". "Os jovens geralmente pensam que é preciso ser engenheiro ou analista para programar de forma básica, e não é o caso, como pretendemos mostrar com este projeto. Há lugares para todos", disse ele.

 

Fabiana Hernandez, executiva de Capital Humano da CUTI

"Devemos trabalhar para que as mulheres escolham este setor, porque a indústria precisa de perspectivas diferentes para melhorar a vida das pessoas. Atualmente, 67% dos funcionários do setor são homens e 33% são mulheres". "Nesta indústria não existe uma lógica de concorrência que existe em outros setores, mas novas empresas se unem ao ecossistema, porque os clientes são infinitos dentro e fora do país. Aqui não pensamos em objetos tangíveis, mas em serviços e softwares que mudam a vida de pessoas e empresas, o que implica em outras formas de relacionamento entre elas". "Há muita iniciativa para incluir e expandir o ecossistema tecnológico para o interior do país, porque muitos empresários são do interior e querem voltar a viver em seus lugares de origem ou procurar promover o desenvolvimento nesses lugares. Assim, a CUTI promove todo tipo de alianças que visam o desenvolvimento".

 

Na hora de passar a linha, o diretor da Jóvenes a Programar enfatizou que "este projeto é um exemplo das coisas boas que o país pode fazer". É uma conquista muito importante, devido à forma como os setores público e privado podem trabalhar, e posiciona o Uruguai como um país inovador e avançado. Isso mostra que as coisas podem ser feitas. Você precisa e deseja trabalhar em equipes multidisciplinares, em diversidade, e adaptar-se ao trabalho em conjunto".

 

 

 

 

Fonte: La Diaria

 

 

 

 

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