SobreCiencia conversou com Pablo Pereira, diretor comercial e sócio fundador da Armor Bionics, que está na Califórnia (Estados Unidos) onde apresentou o projeto diante de um grupo qualificado de investidores do Vale do Silício.
Pereira explicou que é uma empresa de tecnologia que aplica a engenharia à medicina e é especializada em modelagem 3D e segmentação de imagens. A empresa também oferece um conjunto simples de ferramentas baseadas nas nuvens para preencher a lacuna entre as soluções de aquisição de imagem e a materialização física. Isto permite que os médicos coloquem suas mãos em uma escala 3D do que eles encontrarão no corpo do paciente antes de operar, reduzindo riscos, tempo e custos.
"Pegamos as tomografias dos pacientes e as transformamos em volumes 3D, as trazemos à realidade, as imprimimos em três dimensões e as entregamos ao médico para que ele possa fazer toda a análise anterior à operação em suas próprias mãos, para que ele possa planejar com um modelo exatamente igual ao que ele vai encontrar no organismo. Esta tecnologia permite reduzir riscos e custos porque, por exemplo, em cirurgias de muitas horas, tendo sido praticada antes, economiza muito tempo. Também é muito usado nas universidades porque o caso do paciente pode ser levado para qualquer lugar", explicou ele.
A empresa, que desde este ano tem uma filial virtual nos Estados Unidos, tem trabalhado com casos médicos de diferentes partes do mundo como Turquia, Rússia, Itália, México, Dubai e Espanha.
"Temos feito corações, aneurismas, muitas e muitas coisas". A escala é de um para um, porque tem que ser a mesma que o médico vai ver quando a cirurgia ocorrer. Hoje estamos visitando aceleradores, capitalistas de risco e grandes empresas com as quais podemos fazer novos trabalhos, ver com quem podemos fazer parcerias e aprender sobre o caminho que as grandes empresas do mundo estão tomando nesta área. De qualquer forma, nossa idéia não é ter operações nos Estados Unidos, mas tê-las no Uruguai. Entendemos que nosso país é o lugar perfeito para fazer isso, sim, procurar clientes nos EUA, mas continuar trabalhando a partir daqui", explicou ele.
Pereira acrescentou que o estudo e o conhecimento de design, engenharia e medicina, estava formando a idéia de criar esta empresa, e que este conhecimento é o que agrega valor ao produto e à idéia original.
- A este conhecimento, estamos acrescentando cada vez mais experiência, histórias de sucesso e a capacidade de projeção internacional. Nossa idéia é atingir o maior número de pessoas no mundo e tornar as cirurgias mais seguras e os pacientes tenham uma melhor qualidade de vida", concluiu ele.
Fonte: SobreScience
Conecte