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Cuti promoveu o diálogo sobre as novas tendências na gestão do capital humano

24/11/15

Empresários, gerentes e colaboradores analisaram os desafios colocados pela mudança de paradigma na gestão do capital humano no setor de TI.
Tempo de leitura: 3 atas

A gestão do capital humano está mudando a um ritmo vertiginoso em todo o mundo. O Uruguai não escapa desta realidade e o setor de Tecnologia da Informação, em particular, é um dos mais dinâmicos. Com desemprego zero, as empresas que fazem parte dele devem ser cada vez mais engenhosas para atrair os melhores funcionários, reduzir a alta rotatividade e promover o treinamento, que é essencial para aumentar o crescimento. 

 

Com o objetivo de analisar esta realidade e fomentar o diálogo entre os atores do setor, a Câmara Uruguaia de Tecnologia da Informação (Cuti) organizou o evento "Desafios e Tendências na Gestão do Capital Humano". A reunião, que reuniu cerca de 60 participantes, permitiu que gerentes de recursos humanos, diretores, gerentes de empresas e trabalhadores compartilhassem suas experiências e fossem enriquecidos com o intercâmbio. 

 

"O problema do capital humano nos preocupa a todos e Cuti tem colocado o foco nisso. Todos os países da América Latina nos consideram como um exemplo em tecnologia e devemos aproveitar esta desvantagem para crescer, mas para isso precisamos dos recursos humanos adequados", disse Carlos Caetano, presidente da Cuti. 

 

Para promover o intercâmbio, foi utilizada a dinâmica Espaço Aberto, uma metodologia ágil que dá às plataformas de reunião o controle sobre a agenda e os tópicos a serem discutidos. 

 

Nesta oportunidade, foram formadas 12 mesas de discussão para focar diferentes tópicos, sendo a educação uma das questões transversais. Como alcançar os adolescentes para despertar seu interesse pelas carreiras nas TIC, a necessidade de ter mais pessoal treinado e a importância de promover instâncias internas de treinamento, foram alguns dos pontos analisados. "Investimos dois anos em sua formação e quando começam a atuar, eles partem", mencionou um dos empresários que aposta na formação interna de seu pessoal, mas sofre com a alta rotatividade do setor. Neste sentido, a prática da caça à cabeça foi abordada como uma estratégia atual de recrutamento e seleção que exige a implementação de novas práticas para a retenção de talentos. Diego Sastre, vice-presidente do Comitê de Capital Humano da Cuti, destacou a necessidade de uma busca de consenso entre as empresas para promover uma melhor coexistência dentro do setor. 

 

 

Uma das maiores mudanças que os gestores de capital humano enfrentam é que a proposta econômica não é mais a mais importante quando se trata de recrutar e reter talentos. Hoje, horários flexíveis, suporte ao treinamento e um bom ambiente de trabalho são mais valorizados, disseram os gerentes de recursos humanos presentes em um dos grupos de discussão. 

 

Outra questão abordada por vários dos grupos foi a chegada dos "milenares" (menores de 30 anos), que através de suas abordagens, geram novos modelos de organização e liderança interna. A tendência atual é abandonar a ordem vertical, com diretores isolados em seus escritórios, e passar para modelos colaborativos, horizontais, onde propor e ser ouvido se torna a norma. 

 

 

Também foram consideradas as modalidades de avaliação de desempenho e possíveis recompensas ou prêmios que elevam o nível de satisfação dos funcionários. A cada vez mais baixa participação feminina no setor foi outro ponto que chamou a atenção, já que apenas 15% dos cargos nas empresas de TI uruguaias são ocupados por mulheres. 

 

"O que emerge desta reunião é que tudo está aí para ser feito", disse Jorge Vidart, outro referente dentro da Comissão. "A medicina tem 2.000 anos, a arquitetura tem 3.000 anos e nossa disciplina tem apenas 50 anos". O que temos que fazer é gerar cultura, ser pacientes, aprender e nos corrigir", disse ele. 

 

Os participantes destacaram e agradeceram a Cuti por gerar esta instância de intercâmbio que permite sinergia entre diferentes atores e possibilita um diálogo franco. 

 

O aprendizado gerado estabelece a base para uma revisão e validação das estratégias atuais, bem como para o desenho das ações da Câmara, em termos de Capital Humano, a ser realizado em 2016.

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