O setor de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) é um dos mais dinâmicos do Uruguai, empregando cerca de 30.000 pessoas, com uma baixa taxa de informalidade, renda média mais alta que a economia como um todo, uma população jovem e um grande número de mulheres.
O "Diálogo Tripartite sobre o Futuro do Trabalho", que reuniu representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Ministério do Trabalho e Previdência Social do Uruguai e delegados da Câmara de Economia Digital do Uruguai (CEDU) e da Câmara Uruguaia de Tecnologia da Informação (CUTI), foi realizado nos últimos dias.
Neste contexto, o representante da Unidade de Estatística do Ministério do Trabalho, Juan Pablo Martinez, destacou que no Uruguai o setor de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) "é um dos mais dinâmicos e emprega cerca de 30.000 pessoas".
Ele também observou que tem vários indicadores favoráveis "como uma baixa taxa de informalidade e rendimentos médios significativamente mais altos do que a economia como um todo".
Além disso, "concentra uma população relativamente jovem com uma grande ocupação feminina, mostra alta produtividade e é um dos setores mais promissores para o desenvolvimento da economia".
Líder da economia digital
Por sua vez, o presidente da Câmara de Economia Digital do Uruguai, Marcelo Montado, disse que nosso país "é visto como um líder da economia digital na região graças ao fato de na última década ter gerado os elementos necessários para seu desenvolvimento".
Ele destacou a infra-estrutura de telecomunicações, o acesso a dispositivos conectados à Internet, a implementação do Plano Ceibal como ferramenta de inclusão tecnológica, o acesso à Internet móvel, a construção de uma indústria de software de renome mundial, os avanços no governo eletrônico e o nível sócio-educativo básico do país com analfabetismo praticamente zero.
Ele acrescentou que o cenário atual apresenta oportunidades "excepcionais" para os trabalhadores do setor.
"Cada vez mais a geração de riqueza será baseada em conhecimento e mão de obra treinada", disse ele.
Neste sentido, ele afirmou que "não haverá um desaparecimento de trabalho nas mãos da tecnologia, mas uma diminuição na oferta de trabalho para tarefas não especializadas". Para enfrentar este processo e se preparar para o futuro, o componente essencial é a educação".
Enquanto isso, representando a Câmara Uruguaia de Tecnologia da Informação, Aníbal Gonda, disse que os avanços tecnológicos vêm para "melhorar o cenário trabalhista, portanto, embora possam ter um impacto sobre o trabalho manual, eles também aumentarão a qualidade do trabalho".
"Temos tido sucesso no Uruguai com o desenvolvimento da tecnologia, por exemplo, com a rastreabilidade da carne, sem afetar as fontes de trabalho, mas melhorando-as", explicou ele.
Fonte: A Rede21
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