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Pelo segundo ano consecutivo, o curso de pós-graduação em tecnologia e administração está completo.

26/04/19

Até 2020, o objetivo é abrir um bacharelado na área, uma carreira que, de acordo com as estimativas, será maciça.
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Na próxima semana terão início os cursos da sétima edição do curso de pós-graduação em Sistemas de Informação Organizacional e Gestão de Empresas de Tecnologia da Informação da Faculdade de Economia e Administração (FCEA) da Universidade da República. Este ano haverá 26 alunos, além dos 120 alunos que já fizeram o curso em edições anteriores; pelo segundo ano consecutivo, as cotas foram preenchidas. "É um curso de pós-graduação orientado profissionalmente, intimamente ligado ao que está acontecendo no setor produtivo", disse Gabriel Budiño, o coordenador acadêmico.

 

O curso de pós-graduação surgiu como resultado da proposta da Câmara Uruguaia de Tecnologia da Informação (Cuti), busca formar profissionais especializados em tecnologia da informação e também em gestão, e visa capacitar os graduados a desenvolver aplicações tecnológicas para proporcionar vantagens competitivas às empresas em diferentes áreas. Budiño explicou que hoje é "muito difícil diferenciar entre uma empresa de tecnologia e uma empresa de saúde, esporte ou marketing; a penetração da TI [tecnologia da informação] é tão alta que é muito difícil falar sobre o setor de TI". Ao mesmo tempo, o desenvolvimento dessas tecnologias nos últimos anos significou que "muitos outros profissionais" tiveram que lidar com o assunto "sem necessariamente serem especialistas em tecnologia". Por exemplo, os bancos tiveram que se transformar para incorporar novas ferramentas e hoje eles têm o desafio de adaptar seus processos e torná-los mais tecnológicos, de modo que você tem pessoas dedicadas às finanças, segurança, auditoria ou gerenciamento de risco que têm que saber muito mais sobre a tecnologia aplicada aos processos", explicou o coordenador.

 

Embora há oito anos o espírito que levou à criação do diploma fosse o de oferecer treinamento para um setor tecnológico que estava crescendo e que iria precisar de profissionais, hoje o foco é diferente. "Para crescer, o setor produtivo em geral tem que ter uma forte injeção de tecnologia, e tem que ter profissionais que saibam combinar expertise em processos, em gestão, que saibam entender a tecnologia e aplicá-la à sua disciplina original", disse Budiño. Assim, o curso reúne pessoas de diferentes origens: além de contadores e administradores graduados, há químicos, notários e advogados, "mas não porque eles querem fazer outra coisa: eles querem fazer a mesma coisa, mas apoiados pelo uso da tecnologia". Ao mesmo tempo, há também um perfil de profissionais de tecnologia que requerem treinamento em modelos de negócios: "Empresas que possuem inovações disruptivas falharam por não terem a capacidade de fazer parcerias com modelos de negócios lucrativos", explicou ele.

 

Graduação e pós graduação

O núcleo de ensino tem dois outros programas de treinamento em mãos, além do diploma: o Bacharelado em Gestão de Sistemas de Informação, uma carreira que foi projetada entre 2012 e 2017 e que estará a cargo da FCEA em conjunto com a Faculdade de Engenharia (Fing), e o mestrado na área. A meta da equipe, mencionada por Budiño, é poder abrir os dois programas em 2020.

 

Em relação ao grau, Budiño esclareceu que, embora seu programa já tenha sido aprovado, as faculdades estão atualmente "em processo de orçamentá-lo e de encontrar fundos". "É uma carreira que interessará a muitas pessoas, que será maciça, e como se trata de um diploma deve ser livre e aberto, por isso temos que obter financiamento específico", disse o professor, que acrescentou que envolverá muitos cursos novos, que atualmente não existem na FCEA ou na Fing, e em alguns casos terá professores dos dois serviços universitários.

 

Com relação ao mestrado, o coordenador acadêmico explicou que atualmente estão iniciando um processo de reformulação do programa de pós-graduação e o desenho de um ano adicional, com um componente importante na metodologia de pesquisa. "Para criar um mestrado, deve haver massa crítica, tutores, temas definidos para pesquisa", e durante estas edições do curso de pós-graduação "o desenvolvimento de áreas como gerenciamento de projetos, sistemas transacionais, modelos de negócios, que não foram tão desenvolvidos, tem crescido na FCEA. Agora estamos em condições de acrescentar um ano e fazer teses sobre temas intimamente relacionados ao que está acontecendo no país", disse ele. Budiño também esclareceu que embora o objetivo seja abrir a opção de um mestrado no próximo ano, o processo de avaliação acadêmica na FCEA acaba de começar.

 

Expandindo

A atividade de abertura do curso de pós-graduação deste ano foi uma conversa com profissionais que se dedicam a esta interseção entre tecnologia e administração. Mario Tucci, diretor da CUTI e professor do diploma, disse que se estima que serão criados 100.000 empregos na América Latina na área. Guillermo Varela, presidente da Câmara de Economia Digital do Uruguai, também esteve presente e garantiu que agora "todas as empresas são empresas de TI", portanto "você pode estar discutindo com médicos sobre registros médicos eletrônicos", finanças ou transporte.

 

Fonte: La Diaria

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