O presidente da Câmara Uruguaia de Tecnologia da Informação, Leonardo Loureiro, participou de uma entrevista na Telemundo com Emiliano Cotelo.
Tecnologias da informação no Uruguai
As tecnologias da informação fornecem software para tarefas de produção. No Uruguai, segundo Loureiro, existem várias empresas dedicadas ao fornecimento de software em áreas como bancos, análise de redes sociais ou inteligência artificial.
Esta semana os dados foram divulgados em tecnologias da informação atualizadas até 2016.
"Mais de 350 empresas são membros da câmara, de mais de 52 mercados para os quais exportamos. Como setor, representamos 2,2% do PIB na atividade econômica", disse Loureiro.
A exportação de tecnologias
Segundo o engenheiro, as exportações deste setor em 2016 cresceram 10% em comparação com o ano anterior e quase 3% entre o acumulado nacional e internacional.
"No mercado doméstico tivemos uma pequena retração que analisamos pelo setor privado", disse ele.
De 2000 a 2016, o setor tem mostrado os seguintes sinais de crescimento:
Para descrever o impacto que o setor de serviços tem no comércio exterior, Loureiro optou por compará-lo ao comércio de mercadorias:
"Em comparação com a exportação de mercadorias, estamos muito próximos do que foi a exportação de arroz em 2016. Se compararmos com o faturamento, ou seja, cerca de 1.152 milhões de dólares, seríamos equivalentes a tudo o que é produzido pelo complexo celulósico do país".
Loureiro observou que o Japão é um comprador consolidado dos serviços do setor, e descreveu a quantidade da seguinte forma:
"A exportação de software por si só é mais do que todas as mercadorias combinadas. Em outras palavras, se hoje levamos tudo o que vendemos de produtos tradicionais, vendemos mais tecnologia do que isso".
Em termos dos principais mercados que importam serviços de tecnologia, os Estados Unidos são os primeiros, respondendo por mais da metade do total. "Isso mostra que temos uma tecnologia muito apreciada", disse Loureiro.
O presidente da Cuti disse que estes 58% refletem que "a produtividade das pessoas aumentou muito" e que isto é porque elas trabalham para "os mercados mais exigentes".
"Há cerca de oito anos, éramos os maiores exportadores líquidos de tecnologias da informação", lembrou Loureiro, acrescentando que o Uruguai é maior per capita do que países como Argentina ou Brasil.
O entrevistado descreveu que o setor tem mostrado sinais de crescimento:
"Temos visto que muitas das empresas têm se preparado para ir a mercados exigentes e estão tomando decisões mais fortes, como abrir escritórios e contratar pessoal nos Estados Unidos, Japão, Brasil ou México".
Ele acrescentou que as empresas estão tomando decisões de investimento para fazer desenvolvimento de negócios e marketing.
Cerca de 12.200 pessoas trabalham em tecnologia da informação. Este número vem de empresas associadas à CUTI, o que significa que há realmente mais pessoas envolvidas no setor, disse Loureiro. Se você levar em conta o setor de comunicações - que constituiria as TIC - o número de pessoas no setor ultrapassa 22.000.
A força de trabalho da Tecnologia da Informação
Com relação ao perfil das pessoas que trabalham na tecnologia da informação, Loureiro disse que não só os trabalhadores relacionados à engenharia são empregados, mas também "contadores, economistas, outros engenheiros, médicos" que trabalham na área.
"Estamos encontrando contadores implementando bots de inteligência artificial", disse ele.
Em termos de idade, 50% do pessoal tem entre 25 e 34 anos de idade. "Se acrescentarmos aqueles com menos de 25 anos, temos 65% do pessoal com menos de 34 anos", disse ele.
Loureiro disse que no setor há um desemprego "negativo", porque não pode assumir projetos porque não tem pessoas para realizá-los. Ele observou que a falta de mão-de-obra neste setor é um fenômeno que ocorre em vários países do mundo e destacou o acordo que a empresa Cisco estabeleceu com o governo para ministrar cursos na UTU.
"Este projeto é para 1.200 a 1.500 pessoas a serem treinadas nestas tecnologias na UTU", disse ele.
A proporção de mulheres no setor é baixa em comparação com outros setores.
"É uma questão preocupante para a tecnologia. Dos 316 formados em 2016, apenas 20% são mulheres", disse Loureiro, que apontou que houve melhorias de modo que um terço da força de trabalho do setor é do sexo feminino.
"Não há dúvida de que as mulheres deveriam achar este setor muito mais atraente", disse a presidente Cuti, que disse que mais mulheres prometem mais diversidade, criatividade e inovação.
Fonte: Telemundo
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