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"Da Hackathon Agro procuramos contribuir para cuidar dos negócios e do meio ambiente".

18/12/17

Entrevista com Juan Francisco Kniazev Lanza, membro da equipe que venceu a II Hackathon Agro.
Tempo de leitura: 4 atas

Como surgiu a sua participação na Agro Hackathon?

Quando a primeira Hackathon aconteceu no ano passado eu nem sabia disso, eu estava em Salto. Para esta segunda edição me inscrevi porque a primeira vencedora -Lucía San Román- colocou um link no grupo da Faculdade de Agronomia no Facebook, fiquei curiosa e decidi participar.

 

Você fez parte da equipe vencedora com duas outras pessoas, você se conhecia?

Não. A formação das equipes foi aleatória e foi realizada pela organização, que é formada pela Associação Rural do Uruguai (ARU), a Embaixada Britânica, a Câmara Uruguaia de Tecnologia da Informação e a Fundação da Vinci. Eu me inscrevi na área de agricultura, Carlos Capano na área de negócios e Agustín Ackerman na área de tecnologia. Eu estou estudando agronomia, Carlos está estudando negócios internacionais na Universidade Católica e Agustín está trabalhando na área de TI, ele é programador e analista. Nenhum deles estava ligado à agricultura.

 

Como a atividade foi realizada?

Na sexta-feira, dia 8, houve uma oficina e no final os grupos foram formados. A competição foi no sábado dia 9, das nove da manhã às nove da noite, e no domingo dia 10, das nove da manhã às quatro da tarde.

 

Dos desafios propostos, três pela ARU e um pelo INIA, qual deles você escolheu e como desenvolveu a solução?

Analisamos os quatro desafios e, como grupo, optamos por trabalhar na solução de um dos problemas colocados pela ARU, que era o desenvolvimento de mecanismos de prevenção de doenças nas culturas de inverno, ligados à análise dos eventos climáticos e do estado de desenvolvimento das culturas. Começamos a propor idéias para montarmos algo que quiséssemos ter impacto e repercussão a curto e longo prazo. Propusemos um mecanismo para detectar futuros eventos meteorológicos que definisse uma zona de risco para que uma doença ocorresse. O desafio considerou as culturas de trigo e cevada e as doenças ramularia, mancha foliar e fusariose. A solução tinha três partes: informações científicas sobre doenças e cultivos, outra parte responsável pelo Agustín sobre a integração de plataformas de inteligência artificial propondo o uso de sensores tecnológicos chamados IoT e Carlos contribuiu com tudo relacionado a modelos e esquemas de negócios.

 

O que os jurados disseram a eles?

Eles disseram que nosso projeto tinha um grande potencial, que confiavam na proposta que lhes estávamos oferecendo.

 

Qual foi o nome do projeto vencedor?

Visão Precisa, porque buscamos eficiência, com informações georreferenciadas, totalmente localizadas. Nosso projeto se baseia em que o produtor tenha um serviço com valor agregado em relação ao que já é oferecido hoje, ou seja, mecanismos específicos de detecção, pois a realidade de um problema de saúde relacionado a um evento climático em uma cultura não é a mesma neste lugar (a nota foi feita no estande da Embaixada Britânica da Expo Prado) do que na entrada do Prado Rural.

 

Você pretende explorar este desenvolvimento, para criar o cenário para sua chegada ao mercado?

Já nos reunimos para falar sobre como continuar. É um projeto que foi formulado em menos de 24 horas, nos deu grande satisfação e é uma boa base na qual temos que continuar trabalhando.

 

Como eles podem ser localizados para aqueles que querem saber mais?

A idéia é iniciar o desenvolvimento de uma plataforma web e gerar meios de comunicação em redes sociais. No momento, temos nossos e-mails disponíveis: capano8@gmail.com; agus_acker@hotmail.com; e juankniazev1996@gmail.com.

 

O prêmio é uma viagem a Londres.

Sim, vamos a uma conferência sobre bioeconomia e agricultura, chamada "Disruptive technologies in agriculture". Também estaremos em Harper Adams, uma das universidades mais renomadas do Reino Unido, que abrange tudo relacionado à agricultura, desde questões de saúde animal até maquinário e economia agrícola.

 

Por que você escolheu estudar agronomia? Seus pais estão ligados ao meio rural?

Decidi ir para o quarto ano do ensino médio. Eu escolhi fazer um bacharelado técnico, na UTU, para ter três anos de treinamento agrícola e depois comecei a faculdade. Meu pai trabalha na fábrica de embalagem de carne em La Caballada. Minha mãe era estudante de arquitetura e também trabalha lá, em Salto, em um supermercado. Eu não venho de uma família de agricultores, mas escolhi treinar para isso.

 

De seu papel como estudante, o que você pode dizer sobre o setor?

É um setor muito valioso para o país, que deve ser cuidado, é um setor que precisa se concentrar mais na sustentabilidade, para isso devemos usar mais tecnologia e quisemos contribuir, a partir da Hackathon Agro procuramos contribuir para cuidar dos negócios e do meio ambiente. Por exemplo, na Inglaterra há drones dentro de estufas detectando pragas, pulverizando e verificando que o problema foi resolvido eficientemente e todos com o mesmo equipamento e aqui há lugares onde o fertilizante ainda é aplicado por saco. É impressionante como tudo está progredindo e, com nossa idéia, procuramos fornecer uma solução para um dos problemas que a ARU entende que deve ser resolvido.

 

 

O arquivo

  • Nascimento: 29 de junho de 1996
  • Residência: Nasceu em Montevidéu, mas viveu em Salto desde criança e voltou para a capital para estudar agronomia (está no segundo ano).
  • Preocupação: Receber publicações do INIA, Plan Agropecuario e outras organizações.
  • Atividades: Ele gosta de esportes (jogou basquetebol no clube Salto Uruguay).
  • Basquetebol: Ele é fã do Trouville

 

 

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