Conecte

Faça parte dela Contato

Cuti gerencia mudanças no projeto de regulamentação das aplicações informáticas

12/04/16

O projeto de lei sobre a regulamentação de aplicações informáticas, em sua tentativa de oferecer uma resposta às empresas de transporte diante da chegada de Uber, estabelece obstáculos que desencorajam a chegada de novos investidores no setor.
Tempo de leitura: 2 atas

Nas últimas semanas, o Poder Executivo enviou ao Parlamento o projeto de lei que regulamenta as aplicações informáticas, que em sua tentativa de dar uma resposta às empresas de transporte diante da chegada de Uber, estabelece obstáculos que desencorajam a chegada de novos investidores ao setor.

 

Diante desta situação, a Câmara Uruguaia de Tecnologia da Informação (Cuti) tomou medidas imediatas para conseguir mudanças na lei, que está sendo estudada atualmente pelo Comitê de Ciência e Tecnologia da Câmara de Deputados. Neste sentido, o presidente da Câmara, Carlos Caetano, juntamente com as autoridades da Câmara de Economia Digital do Uruguai (Cedu), reuniu-se com autoridades governamentais e da oposição.

 

Nas últimas semanas, a posição das duas Câmaras foi apresentada ao Secretário da Presidência da República, Miguel Angel Toma, um dos redatores do projeto, assim como a vários ministros e legisladores dos partidos políticos com representação parlamentar. Em todas as reuniões, foram alertadas as inconsistências legais da proposta, indicando também os inconvenientes de sua aplicação, o que limita o desenvolvimento da indústria.

 

Uma das principais objeções planejadas está na amplitude da regra, que estabelece para as empresas que desenvolvem aplicações de software o mesmo grau de responsabilidade que corresponde às empresas que vendem seus produtos ou serviços através dessas plataformas.

 

Também é questionado o poder concedido ao Banco Central de bloquear as contas bancárias dos supostos infratores, mediante mera suspeita levantada por qualquer órgão de supervisão pública, já que se trata de uma medida punitiva, tomada antes de um processo judicial para provar a existência de um crime.

 

Nas próximas semanas, os representantes da Cuti esperam ser recebidos pela comissão parlamentar que estuda o assunto para recomendar que o projeto de lei não seja votado conforme apresentado pelo Poder Executivo, uma vez que suas inconsistências legais e de redação entram em conflito com os direitos consagrados na Constituição da República.

 

Leia mais:

Alertan inconstitucionalidad por el proyecto de «ley Uber» – Diario El País

 

 

Compartilhe