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Ciber-segurança: tendências 2020

7/01/20

As senhas deixarão de existir? Alguém poderia invadir o ar condicionado de seu escritório? Olhando para uma nova década, a partir da VU, compartilhamos diferentes cenários possíveis para os próximos meses.
Tempo de leitura: 3 atas

Este ano foi marcado por ataques cibernéticos a grandes empresas, assim como a figuras públicas, dispositivos domésticos de todos os tipos e usuários finais com uma grande variedade de código malicioso. Vazamentos maciços de dados, extorsão de fotos íntimas e hacking de contas na mídia social foram alguns dos eventos que marcaram 2019.

A apenas alguns dias de 2020, prevemos as tendências do que está por vir, tanto para os usuários quanto para as empresas, e como se proteger de ameaças potenciais.

As principais tendências para 2020 incluem:

1. aumento do conhecimento em Cybersecurity. 2020 será lembrado como o ano com a maior demanda de especialistas em cibersegurança. O conhecimento e a experiência em cibersegurança serão uma das habilidades mais exigidas no mercado. De fato, de acordo com a Cybersecurity Ventures, em 2020 haverá um déficit de 3 milhões de empregos ciber-segurança no mundo.

Dado este cenário, como estudante, é sem dúvidao melhor momento para se envolver e treinar nesta área, enquanto que para as empresas será necessário realizar iniciativas para treinar futuros talentos e fazer a diferença. A Universidade VU é um exemplo disso, pois é uma iniciativa que visa treinar os jovens em segurança cibernética e se tornar o maior treinador na área nos próximos 10 anos.

2. novas regulamentações que aumentam o risco de ataque. Cresce a preocupação tanto entre as agências governamentais quanto entre os usuários sobre como as empresas estão lidando com suas informações pessoais. Após a implementação dos regulamentos relativos à proteção de dados e identidade digital, as organizações governamentais estão se tornando mais conscientes e exigindo maiores controles. Ao mesmo tempo, mais empresas estarão procurando soluções de cibersegurança devido às novas regulamentações relativas à operabilidade no mercado financeiro (PS2D, GDPR, entre outras). Esta tendência é reforçada pelo último estudo da KPMG que indica que "a cibersegurança é a principal preocupação dos executivos seniores das empresas latino-americanas em 2019".

3. novas ameaças digitais. O engano e a extorsão para obter dinheiro em troca de informações se tornarão cada vez mais sofisticados. O já conhecido resgate, um ataque em que hackers "seqüestram" informações de uma máquina ou sistema e exigem um resgate em troca de desbloqueá-lo novamente, irá mudar para obter acesso a perfis sociais ou contas privadas, o que coloca a privacidade e a confidencialidade em risco ainda maior. Este tipo de extorsão é destinado a grandes empresas e instituições, bem como a cidadãos comuns. A disponibilidade de técnicas de aprendizagem de máquinas será utilizada pelos atacantes para classificar as informações e detectar os perfis mais valiosos, e com base nisso eles calcularão os resgates ou resgates em troca dos quais eles liberarão o perfil.

4. Objetos hiper-conectados e mais vulneráveis. Outra tendência está relacionada ao crescimento dos dispositivos da Internet das Coisas (IoT). Frigoríficos, máquinas de lavar, aparelhos de ar condicionado; há cada vez mais aparelhos conectados à rede nas residências, o que levará a novas vulnerabilidades. Por exemplo, alguém poderia cortar a temperatura de um ambiente de escritório ou pior ainda: as câmeras de segurança ou intercomunicadores de uma casa, como aconteceu há apenas uma semana. Para evitar isso, sugerimos mudar as senhas padrão de fábrica e usar senhas fortes, ou criar duas redes WiFi em casa, uma para objetos hiper-conectados e outra para o intercâmbio de informações confidenciais e sensíveis. A grande diferença entre os dispositivos seguros e aqueles que não estão diretamente relacionados ao seu valor e massividade.

5. As soluções OAuth substituirão as senhas. Finalmente, há algum tempo, já se fala do fim das senhas. Estima-se que o uso de senhas difíceis de lembrar será substituído por soluções do tipo OAuth- integradas com soluções biométricas, tais como reconhecimento facial, impressão digital, voz e até mesmo da palma da mão, a fim de melhorar significativamente a experiência e a segurança do usuário. Em 2020, esta tendência continuará a crescer à medida que organizações e empresas começarem a permitir o uso de informações biométricas como um fator de autenticação de identidade.

Neste novo ano, no qual iniciamos uma nova década de revolução tecnológica, será essencial estar atento a cada dispositivo que usamos e incorporar, pois quanto maior a conectividade, maior a responsabilidade de evitar sermos vítimas dos crescentes ataques informáticos.

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