Fanático por correr e com um importante desafio pela frente, em Shenzhen fui até o ginásio do hotel. Após uma hora e meia de exercício intenso, vi que ao lado da entrada havia uma geladeira com uma bebida esportiva que eu sabia que não tinha no meu quarto, então perguntei à garota que estava assistindo se eu poderia acrescentar isso à minha conta. A menina disse que não, então eu coloquei minha mão no bolso e perguntei se eu poderia pagar com yuan (renminbi), e ela disse que não, apenas com WeChat, e me mostrou um sinal com um código QR.
Tudo na China é pago com o WeChat, nos restaurantes, no metrô, na barraca de comida de rua, aquele que vende amendoins quentes, até mesmo o sem-teto que pergunta na rua pode mostrar seu cartaz com um código QR. Nos cafés e bares nas mesas onde você se senta há um código QR para você pagar por sua bebida. Até agora só é possível para pessoas que possuem uma conta bancária chinesa, já que há algumas semanas ela pode ser associada a um cartão de crédito internacional.
As pessoas que vivem na China não usam mais dinheiro, todos os mercados famosos, como o mercado de pérolas, o mercado de seda ou o mercado eletrônico são para turistas, hoje todos os chineses compram tudo online, principalmente usando Alibaba e pagando com AliPay.
Essa é a China que encontramos, uma China muito avançada no comércio eletrônico, nos pagamentos eletrônicos e na inteligência artificial. É por essa China que as empresas Cuti têm que pensar em trabalhar, ou como podemos fazer alianças com elas para trabalhar em qualquer parte do mundo.
Esta é a China que nos estende suas mãos, ansiosa para construir pontes de cooperação para que um país pequeno como o nosso, mas com uma grande indústria de Tecnologia da Informação, possa ver como dar um salto nas exportações para o mundo inteiro.
A China deve ser entendida, o governo tem muita influência nas empresas e, como disse na coluna anterior, o fato de o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação ter nomeado o diretor adjunto de assuntos internacionais da América e Oceania por uma semana inteira para nos acompanhar é um grande sinal. Destaco também o nome do Ministério, é o Ministério de Tecnologia da Informação, o que mostra a importância desta área para a China.
Às vezes se perde a perspectiva, que o Ministro da Indústria e Tecnologia da Informação nos recebeu é uma honra, especialmente quando a China para ter uma idéia do poder que é, no ano passado cresceu em termos absolutos 1.500 milhões de dólares, equivalente a 3 PIB da Suécia, 2 da Suíça, ou seja, 25 vezes o PIB do Uruguai, apenas crescimento absoluto.
Claramente temos que analisar a participação de uma delegação como esta no próximo Congresso China-LAC a ser realizado na China, temos que manter nossa presença viva. Estabelecemos várias conexões, trouxemos conosco várias tarefas, cabe a nós transformar esta experiência em excelentes resultados.
Eng. Leonardo Loureiro
Presidente da Cuti
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